Estudo do DEE/SPGG analisa aspectos do refino de petróleo no Rio Grande do Sul
Estado é o sétimo principal exportador de derivados petrolíferos do Brasil
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O setor de refino no Rio Grande do Sul tem papel estratégico na economia gaúcha e nacional. Além de produzir derivados de petróleo para a região e gerar emprego e renda, o setor também exporta o excedente para outros países. Em 2023, o Rio Grande do Sul foi o sétimo principal Estado exportador do Brasil, com participação de 2,8% do total destinado ao mercado internacional da atividade.
Os dados estão compilados no estudo DEE Setorial nº 1: Refino de Petróleo, que explora os principais aspectos do setor de refino brasileiro, com enfoque no Estado gaúcho. O documento, produzido pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), estreia uma nova série de publicações on-line, que dará ênfase a estudos setoriais da economia do Rio Grande do Sul, fornecendo um panorama atual sobre os setores produtivos em destaque. De autoria dos pesquisadores Ricardo Fagundes Leães e Carolina Sarmento, o material foi divulgado nesta terça-feira (29/10).
Conforme citado no estudo, o Rio Grande do Sul conta com duas refinarias. A Refinaria de Petróleo Riograndense (RPR), inaugurada em 1937 no município de Rio Grande, no Litoral Sul, é pioneira no refino de petróleo no país. Enquanto a RPR é considerada de pequeno porte, a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), implantada em 1968, representa atualmente 9,1% da capacidade brasileira, sendo a quinta maior do Brasil. A empresa está localizada em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Derivados
Por não ser produtor de petróleo, o Rio Grande do Sul necessita de uma logística de armazenamento e transporte de petróleo cru para o funcionamento de suas refinarias. O processo exige uma operação complexa, que envolve a rede integrada de terminais marítimos, oleodutos e gasodutos que asseguram o transporte de petróleo bruto, gás natural e seus derivados.
Entre os produtos derivados do refino de petróleo, o Rio Grande do Sul destaca-se na produção brasileira de óleo diesel, para a qual contribui com 9,5%, como mostram dados de 2023. A segunda maior participação é na produção de gasolina A, com 9,2% do total nacional, seguida por nafta (9,2%), Gás Liquefeito de Petróleo (8,5%), asfalto (7,7%) e solvente (7,1%). Os dados demonstram a diversificação da produção gaúcha dentro do setor e sua relevância para o país, uma vez que o Estado colabora com 8,1% da produção total de derivados do refino de petróleo no Brasil.
Emprego
Por sediarem as duas refinarias do Rio Grande do Sul, o emprego na fabricação de produtos do refino de petróleo no Estado está concentrado em Canoas e Rio Grande. Em 2021, os dois municípios somaram 945 das 971 vagas de emprego na atividade, número que representa 97,3% dos empregos no setor de refino do Estado e 4,5% no país. O Brasil possui 17 refinarias em operação em território nacional, que totalizam 20.883 vínculos ativos.
Assim como observado no cenário nacional, o setor de refino de petróleo no Rio Grande do Sul também registrou diminuição no número de empregos formais entre 2013 e 2021. O total de vínculos apresentou variação negativa de -38,2%, percentual que reflete a queda do total de empregos em Canoas, uma vez que, em Rio Grande, houve aumento discreto no número de pessoas empregadas.
Texto: Karine Paixão/Ascom SPGG
Edição: Camila Cargnelutti/Secom