Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão

Departamento de Economia e Estatística

Início do conteúdo

Serviços e Indústria puxam recuperação do emprego formal no RS em 12 meses

Dados compilados pelo DEE/SPGG foram publicados no Boletim de Trabalho

Publicação:

Publicação foi divulgada nesta quarta-feira (14/4)
-

No período entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022, o Rio Grande do Sul registrou um saldo de 130.583 novos postos de emprego formal, uma alta de 5,3%. O setor de Serviços (+59.596 postos) puxou a elevação, seguido da Indústria (+34.428), Comércio (+27.310), Construção (+4.634) e Agropecuária (+4.615), os dois últimos tradicionalmente de menor representatividade na pirâmide de emprego do Estado. Na comparação nacional do período, em termos percentuais, o RS ficou abaixo da média brasileira, que registrou alta de 6,7%.

Fevereiro de 2022 marca o período de dois anos do início da pandemia da Covid-19. Ao comparar fevereiro de 2020 com o mesmo mês deste ano, o Rio Grande do Sul registrou um saldo de 106 mil empregos formais. Na comparação entre os dois períodos de 12 meses (fev/2020 a fev/2021 - fev/2021 a fev/2022), o primeiro foi caracterizado pela retração no estoque de empregos no Estado (-1,0%), com maior impacto negativo registrada nos Serviços (-2,8%) e no Comércio (-0,7%). A Indústria, que no primeiro ano de pandemia foi o setor menos impactado em relação ao número de empregos formais no Estado (+1,2%), registrou a segunda maior expansão entre fev/2021 e fev/2022 (+5,2%), puxada pela Indústria de Transformação.

Do estoque (número total) de 2.603.672 empregos formais no Estado em fevereiro deste ano na soma de todos os segmentos, a Indústria de Transformação mantinha 670.334 postos, o que representa 25,7% do total, e nos 12 meses entre fev/2021 e fev/2022 apresentou saldo de 35.293 postos (+5,6%). Entre as atividades industriais, a fabricação de Máquinas e Equipamentos, com saldo 9.105 postos (+14,7%), foi um dos principais destaques.

Estes dados relativos ao emprego formal e também ao mercado de trabalho do Estado estão no Boletim de Trabalho do RS, publicação do Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG), divulgados nesta terça-feira (19/04). O documento, elaborado pelos pesquisadores Raul Bastos e Guilherme Xavier Sobrinho, é produzido com foco no Estado a partir de informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e do Novo CAGED, do Ministério da Economia, principalmente.

"Embora a série do Novo CAGED só tenha início em janeiro de 2020, estudos anteriores já demonstraram como o mercado formal de trabalho, no país e no Estado, acumulam desde meados da década passada resultados pouco expressivos, que não têm sido suficientes para superar as taxas elevadas de desemprego e de informalidade que caracterizam o mercado geral de trabalho", avalia Guilherme Sobrinho.

00:00:00/00:00:00

Pesquisa em Pauta I Boletim de Trabalho (abril 2022)

No período entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022, o Rio Grande do Sul registrou um saldo de 130.583 novos postos de emprego formal, uma alta de 5,3%. O setor de Serviços (+59.596 postos) puxou a elevação, seguido da Indústria (+34.428), Comércio (+27.310), Construção (+4.634) e Agropecuária (+4.615), os dois últimos tradicionalmente de menor representatividade na pirâmide de emprego do Estado. Na comparação nacional do período, em termos percentuais, o RS ficou abaixo da média brasileira, que registrou alta de 6,7%. Crédito: Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão



Perfil dos (as) trabalhadores (as)

Seguindo a tendência apontada no Boletim de Trabalho lançado em janeiro de 2021, as mulheres foram predominantes na ocupação das vagas criadas no mercado formal entre fev/2021 a fev/2022, responsáveis por 54,9% do total de novos vínculos. Outro destaque já apontado no boletim anterior, os jovens de até 24 anos seguem predominantes na ocupação das novas vagas: a participação dos menores de 18 anos foi de 22,9% e dos jovens entre 18 e 24 anos de 59,8%. Quanto à escolaridade, pessoas com Ensino Médio completo ocuparam 60,6% das oportunidades geradas no período.

Emprego formal por região

Ao considerar a divisão do Estado em nove Regiões Funcionais (RFs) para fins de planejamento, a RF 4, que abrange o Litoral Norte, manteve-se na liderança na criação de vagas em 12 meses (fev/2021 a fev/2022), quando considerada a variação percentual. A região teve alta de 10,98% no período, seguida da RF 7, do Noroeste do Estado (+6,48%), enquanto a RF 5, da região de Pelotas e Rio Grande, continuou com o percentual mais baixo de crescimento (+3,43).

Mercado de Trabalho (4º tri 2021)

Considerando o mercado de trabalho como um todo, não apenas os empregos formais, o Boletim traz dados do quarto trimestre de 2021 da PNAD Contínua do IBGE. Apesar da recuperação em alguns dos principais indicadores após os períodos mais críticos da pandemia, em 2020, o material ressalta a queda no valor dos rendimentos médio das pessoas ocupadas, que registrou o menor valor no RS desde o terceiro trimestre de 2012.

Na comparação do quarto trimestre de 2021 com o trimestre anterior, a redução no rendimento médio dos ocupados foi de 4,0% (de R$ 2.898 para R$ 2.782), queda mais intensa que a observada no país (-3,6%).

Na direção oposta, a Taxa de Participação na Força de Trabalho (TPFT), que indica a porcentagem de pessoas em idade de trabalhar (14 anos ou mais) que estão inseridas no mercado de trabalho, chegou a 64,8% no quarto trimestre, contra 63,8% do trimestre anterior. O Nível de Ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas em vínculos formais e informais em relação às pessoas em idade de trabalhar, também registrou crescimento de 1,0 ponto percentual (59,5% contra 58,5% do terceiro trimestre de 2021), o que representou um acréscimo de 100 mil ocupados no Estado.

Já a Taxa de Informalidade no mercado de trabalho do RS chegou a 33,0% no último trimestre de 2021, contra 32,2% do terceiro trimestre. Na comparação com outros estados, a taxa do Rio Grande do Sul no período ficou acima da de Santa Catarina (27,3%) e de São Paulo (31,2%) e abaixo da registrada no Paraná (33,5%) e da média brasileira (40,7%). Quanto à Taxa de Desemprego, o material aponta para estabilidade na comparação do quarto trimestre com o terceiro trimestre de 2021 (8,1% contra 8,4%).

Boletim de Trabalho do RS

Produzido pelo DEE, vinculado à Subsecretaria de Planejamento da SPGG, o Boletim de Trabalho do RS oferece, trimestralmente, análises sobre o mercado de trabalho no Rio Grande do Sul, aprofundando, a cada edição, algum aspecto referente à força de trabalho e à ocupação, em dimensões como o perfil demográfico dos trabalhadores, as diferentes formas de inserção no mercado e os rendimentos.

Clique aqui e confira a apresentação da Seção 1 do Boletim de Trabalho

- Clique aqui e confira a apresentação da Seção 2 do Boletim de Trabalho

Confira o Boletim de Trabalho


Texto: Vagner Benites, Ascom/SPGG

Departamento de Economia e Estatística